Visitar Rabat Marrocos

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2- O que visitar em Rabat – Locais principais

Medina de Rabat

Quando os franceses chegaram a Rabat, em 1912, a medina amuralhada era tudo o que existia na cidade. Ao contrário do que sucede com as labirínticas medinas de Fez e Marraquexe, a de Rabat foi criada no século XVII com uma forma geométrica, facilitando a vida aos visitantes.

Destaca-se aqui a principal rua de comércio, a rue Souika, que se divide em duas partes, uma mais local, com produtos vocacionados para os habitantes de Rabat, e outra com artesanato e recordações turísticas.

É também aqui que se encontra a Grande Mesquita de Rabat e a rua dos Cônsules, antigo centro diplomático da cidade. Seguindo esta via passa-se primeiro pela área dos ourives, depois podem-se observar os palacetes urbanos usados pelos diplomatas e, na sua extremidade norte, o visitante encontrará um amplo espaço que era usado pelo mercado de escravos, especialmente na época da República de Bou Regreg.
Também no complexo da medina, no seu canto sudeste, se encontra o mellah ou bairro judeu no qual se realiza um interessante mercado de rua, assim como o kasbah, a cidadela que se ergue no topo da colina.

Torre Hassan

Uma dos mais fascinantes e icónicas estruturas de Rabat, a Torre Hassan data de meados do século XII e ergue-se a leste do Bairro Hassan, próximo do mausoléu de Mohamed V. Foi construída por Yacoub al-Mansour, um monarca Almóada, e seria o minarete da grande mesquita que ele idealizava erigir mas que se materializou: com a morte de Yacoub al-Mansour em 1150 os trabalhos de construção pararam e o projecto nunca foi concluído.

Em 1755, o forte sismo que arrasou Lisboa e outras cidades portuguesas fez sentir os seus efeitos também aqui, e o existia da mesquita foi destruído. Hoje em dia resta apenas o imponente minarete – a torre propriamente dita – e uma série de pilares que acrescentam algo ao ambiente especial que se vive no local.

Mausoléu de Mohamed V

O Mausoléu de Mohamed V encontra-se junto à famosa Torre Hassan, abrigando os restos mortais daquele que foi o primeiro monarca de Marrocos independente. O mausoléu foi construído no local onde após o seu regresso do exílio em Madagáscar, em 1956, o rei reuniu uma multidão que em seu redor e na sua companhia deu graças a Deus pela independência do país.

Aqui se encontram também os restos mortais dos seus dois filhos, aquele que viria a ser o rei Hassan II e o príncipe Abdallah.
O edifício, terminado em 1971, ou seja, dez anos após a morte do monarca, é uma obra-prima do estilo arquitectónica Alaouita, destacando-se a ornamentação das fachadas exteriores, feitas de mármore. Destaque para a guarda real que se mantém no local e que, com os seus uniformes pomposos oferece um excelente tema para fotografar.

Apenas os muçulmanos podem entrar na mesquita anexa, mas toda a gente pode ver a sala do túmulo, de uma câmara localizada num nível superior, desde que sejam usadas roupas respeitosas.

Chellah

Aqui se encontrava, em tempos, uma cidade romana, Sala, que ocupou o lugar onde antes os fenícios já tinham estabelecido uma colónia. A povoação foi abandonada em meados do século XIII mas sobre ela construíram o sultão Abou al-Hassan Ali, da dinastia Merenida, uma necrópole amuralhada, que atingiu o seu apogeu por volta do início do século XIV.

Hoje em dia tudo isto está em ruínas, inclusive o túmulo do próprio Abou al-Hassan Ali e da sua esposa, o que oferece ao visitante um cenário muito especial. O complexo é habitado por uma colónia de cegonhas que torna o local ainda mais fotogénico, especialmente quando a luz e o céu estão no seu melhor. É uma fantástica mistura de mesquitas, minaretes, madraças, mausoléus, banhos e templos romanos.
Aqui se realiza, todos os Setembros, o festival Jazz Au Chellah.

Kasbah Oudaias

O Kasbah, a cidadela de Rabat, é um dos locais mais procurados pelos visitantes da cidade, e existem razões para isso. Encontra-se onde no passado foi estabelecido o ribat – mosteiro-fortificado – que deu o nome à cidade. No interior da área amuralhada estendem-se ruas e vielas dominadas pelo branco e azul, com uma arquitectura a remeter para as influências do Al-Andalus, onde uma pessoa se pode perder por gosto e tirar fotografias sem conta.

Seja como for, tente entrar pelo imponente Bab Oudaia e procure a rue el Jamma, onde se localiza a mesquita do kasbah que, construída em 1150, é o templo mais antigo de toda a cidade. A mesquita foi restaurada no século XVIII com fundo doados por – imagine-se – um pirata inglês baseado em Rabat que dava pelo nome de Ahmed el Inlisi.

De certos pontos do Kasbah as vistas sobre Salé e sobre as águas azuis do Atlântico são fabulosas. É o caso da Plateforme du Sémaphore, uma praça estabelecida no ponto mais alto do kasbah.

Também a não perder por aqui: o Museu Oudaias e os Jardins Andaluzes.

Museu Oudaias

Este Museu, também conhecido como Museu Nacional de Joalharia, encontra-se estabelecido num opulento palacete, bem no interior do kasbah, construído no século XVII por Moulay Ismail, que ali estabeleceu a sua residência principal em Rabat. A exposição é variada, com destaque para as artes aplicadas e para a etnografia. Existem salas tipicamente decoradas e mobiladas e uma colecção de livros do Corão com belas iluminuras, para além de joalharia, tapetes, peças de cerâmica e instrumentos musicais.

Os jardins que envolvem o edifício do museu são famosos, sendo conhecidos como Jardins Andaluzes, e são uma mais valia para a visita.
O bilhete custa 10 Dirham e encontra-se aberto das 9:00 às 16:30, todos os dias excepto às Terças-feiras.

Rabat: Guia de Viagem
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